Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

Final do ano está aí, e nada como proximidade do dia primeiro de Janeiro para fazer uma lista básica de “Melhores e Piores do Ano”. Um grande problema disso reside no fato de que não vi tantos filmes assim esse ano (pelo menos, não filmes atuais), então não é como se tivesse aquela base para comparação. Não que isso tenha me impedido antes... Certeza que tem algum curta iraniano que não vai estar nessa lista, mas já aprendi a viver com esse desapontamento.

De qquer jeito, aí vai a minha lista, levando como base os filmes que eu vi esse ano, e a minha própria interpretação sobre eles (notou o pronome de primeira pessoa, né? Então). Os Cinco Melhores Filmes 2010, segundo Livia Lavachi:

(Razão simples para a lista não conter dez itens: quem disse que consigo escolher uma dezena dentre os lançamentos desse ano, que eu tenha visto? Triste, muito triste. Preciso de mais tempo livre e de uma locadora melhor pro ano que vem.)

(ordem não importante)


5. Ilha do Medo (Shutter Island. Scorsese, 2010)

DiCaprio e Scorsese, ao meu ver a melhor dupla diretor-ator do momento (desculpa, Depp-Burton, mas vai precisar de alguma coisa muito boa para apagar Alice da minha memória), com thriller muito bem feito, do tipo que fazia tempo que não via. Como não sou muito fã do gênero, a surpresa foi ainda mais agradável. Dediquei muito do meu tempo nesse ano em conhecer mais da carreira do diretor, e gosto cada vez mais.
Ignore o título em português, e se não viu ainda, assista. Vale muito a pena.

(obs:) Estranho, muito estranho, que DiCaprio não tenha recebido nenhuma indicação para o Globo de Ouro esse ano (nem por Ilha do medo nem por A Origem) – ainda mais quando vc pega o histórico do cara: basicamente uma indicação por ano, mesmo qdo não merece. Sabe, se vc dá duas indicações para o meu amado Johnny Depp (uma por Alice, ainda por cima), quer dizer que tinha espaço sobrando na lista...


4. Scott Pilgrim contra o mundo (Scott Pilgrim vs. The world. Edgar Wright, 2010)

Baseado em uma série de história em quadrinhos, e um dos filmes mais legais e divertidos que vi na minha vida, Scott Pilgrim é uma viagem non-sense tão interessante que nem mesmo a falta de expressão do Michael Cera estraga a experiência (acho que ele vai ser para sempre aqueles atores que, não importa o que faça, vão ter sempre a mesma cara. Tipo Nicolas Cage ou Brad Pitt.) Amei esse filme no segundo em que o vi – ao meu ver, o cinema em geral precisa de mais filmes assim: leves, divertidos e não-idiotizantes. Sem contar, uma das melhores edições que vi esse ano. Muito ótimo.


3. A rede social (The Social Network. David Fincher, 2010).

Juro para você que não sei qual é a do David Fincher. Não tem um filme dele (que eu tenha visto, é claro), que não caí ou na categoria Amei ou na categoria O Que Ele Estava Pensando Quando Filmou Isso? Meio termo praticamente não existe. Então temos filmes muito bons (Clube da luta, Zodíaco) e filmes meio... não tão bons (estou simpática hj), como Quarto do pânico e O curioso caso de Benjamin Button. Dessa vez, A rede social se encaixa na primeira categoria, fazendo um excelente trabalho na narração da história do criador do Facebook e mais novo bilionário do mundo. Jesse Eisenberg está muito bem no papel principal e não me espantaria muito se conseguisse o Globo de ouro (ele é meio novo, mas mesmo assim, não seria tão absurdo. Ele certamente merece mais do que o meu amado Depp).
Interessante, muito bem montado e contado, com até mesmo o Justin Timberlake fazendo um bom trabalho, e David Fincher em um dia bom. O que mais se pode querer?


2. Toy Story 3 (Toy Story 3. Lee Unkrich, 2010)

Pixar. Ah, Pixar. É tão legal ver que eles vão lançar mais um filme, pq vc sabe que vai ser bom. Qual outro estúdio lança uma sequência como Os incríveis, Wall-e, Up – nas alturas, Toy Story 3 sem nem mesmo suar? Não sei que tipo de mágica eles fazem por lá, mas espero que continue assim.
(Será que gosto da Pixar? Será? Será?)
Dizem que Enrolados, que é o último lançamento deles, também vale muito a pena. Como esse ainda não passou por aqui, estou na expectativa. Toy Story, no entanto, foi um ótimo filme. Já está ficando quase redundante falar que Pixar foi bem, mas fazer o quê? Foi engraçado, foi bem feito, e emocionante (e olha que nunca fui muito ligada na franquia. Se tivesse sido fã quando criança, certeza que tinha chorado no cinema.)
Só mais uma vez, pra não perder o costume: Go, Pixar, amo vocês.

[Errata básica: Enrolados não é Pixar, é só Disney mesmo. Descobri da pior maneira possível: nos créditos na sala de cinema. Qdo vc está não está no clima, escutar os números musicais cada vez piores dos novos filmes da Disney... dói. Sem contar que colocaram o LUCIANO HULK pra dublar o protagonista, e depois q vc percebe isso... acabou. O filme perdeu a chance.]

1. A Origem (Inception. Christopher Nolan, 2010.)

Acho que ninguém que me conheça duvidou que esse filme estaria aqui. Tem um post nesse blog, feito assim que voltei pra casa da primeira vez que vi essa maravilha no cinema, e minha reação continua basicamente a mesma. Voltei pra ver de novo, li críticas, discuti na internet, esperei pra ver se meu cinismo se manifestava – mas não adiantou nada: estou tão apaixonada pela A origem agora quanto estava quando o filme foi lançado. Digam o que quiserem, nada ganha da obra prima de Nolan pra esse ano.
[É tão raro um filme que eu goste ter chance real de ganhar prêmios, mas nesse caso... Na cara de todas as pessoas que eu vi saírem da sala de cinema no meio da apresentação.]


----------------------------------------------------------------------------------------------

Como não poderia deixar de ser, levando em conta que moro em uma cidade com apenas um cinema relativamente decente (o que seria de nós sem o Eldorado, me pergunto?), seria fácil fácil montar uma lista com dez filmes ruins de 2010. Não vou fazer isso, é claro. Cinco já é mais do que o suficiente.
Algo para se notar, no entanto, é que os filmes ruins desse ano não são tão ruins assim. Sabe, já vi coisas piores. Então, embora 2010 não tenha sido um ano cheio de realizações positivas, ao menos não foi o pior que já vi em termos de fracasso.
Já é alguma coisa.

(again, ordem não importante)


5. Salt (Salt. Phillip Noyce, 2010.)

Angelina Jolie, fazendo o papel que ela sempre faz (gostosa e boa com armas – Fetiche é o seu nome do meio), em uma versão bem mais sem graça de... bom, qualquer filme que tenha uma espiã russa fugindo da força policial dos EUA. Se vc for parar para pensar, o filme não é tão ruim assim, mas quando vc é a Angelina Jolie vc DEVERIA ter um agente decente e não entrar em filmes desse naipe. Nem mesmo como uma explosão de ação o filme tem mérito, pq já vi melhores. Ele é tão mediano que ganha um lugar nessa lista.


4. Eclipse (Eclipse. David Slade, 2010.)

Me sinto até meio mal de colocar um membro da saga Twilight nessa lista – é tipo bater em aleijado, não parece uma coisa muito decente de ser feita. Mas não se pode argumentar com a realidade, e a realidade diz que esse buraco-negro cinematográfico é uma vergonha pra praticamente todos os envolvidos em sua realização.
O lado bom é que passamos da metade da franquia. Aeh! Só mais dois, provavelmente em 3D! Nada como ver o parto da personagem principal em 3D, não? (pesadelos/)


3. Tron: o Legado (Tron:Legacy. Joseph Kosinski, 2010)

Como tem roteiro mais pra baixo, nem vou perder mais meu tempo falando mal. O básico que tinha pra dizer, já disse. É chato, tem um diálogo que chega a doer nos ouvidos, é mal explicado, e se não fosse 3D já teria sido relegado ao esquecimento, que é o que merece. E é bem por aí mesmo.


2. Wall Street: o dinheiro nunca dorme. (Wall Street: Money never sleeps. Oliver Stone, 2010).

Continuação do clássico Wall Street: poder e cobiça, de 1987, esse filme tem muitos problemas (a começar pelo que eu considero a parte mais importante de um filme: o roteiro), mas poderia até relevar tudo se não fosse pela edição. Ah meu Deus, a edição desse filme. Sem brincadeira, parece coisa de criança que aprendeu a mexer no moviemaker ontem, e quis experimentar de tudo, de uma vez. Sei que parece que estou exagerando, mas se ainda não viu esse filme, veja e depois me diga: o que eles estavam pensando?
Ainda tenho pesadelos com alguns cortes de cenas...


1. Comer Rezar Amar (Eat Pray Love. Ryan Murphy, 2010).

Oh horror! Oh, o horror desse filme.
Seja o que for fazer, não assista. Ele dói. Ele queima a retina. E com a Júlia Roberts, ainda por cima.
Como tem roteiro dele mais pra baixo, me reservo o direito de não voltar a descrever essa coisa, e assim me manter de bom humor, pode ser?
O horror.

4 comentários:

  1. Êrmã, eu sinto muita vergonha alheia de coisas como ´Comer,rezar, amar´, sério!

    Eu até gostei de Salt, e a Origem e Ilha do medo são os melhores do ano, sem dúvida!

    Beijocas

    ResponderExcluir
  2. Agora vou ter mesmo q ver scott pilgrim.

    ResponderExcluir
  3. salt nao eh tao ruim. ao menos as balas sao retas.

    ResponderExcluir
  4. Agora vou ter mesmo q ver scott pilgrim [2]

    ResponderExcluir

vamos ver o quanto você discorda de mim