Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

007- Quantum of Solace

(Quantum of Solace - Marc Forster)



Mais um 007, e vocÊ já sabe o que esperar: um agente que é um Chuck-Norris-ninja-jedai, várias moças lindas e decotadas que precisam ser salvas, um vilão estrangeiro qualquer e muitos tiros e perseguições. Certo?
Não exatamente.

Sim, o James Bond da vez (Daniel Craig, de quem eu não gostava muito, mas após o primeiro filme dele como Bond virei fã) ainda é O cara. Isso nunca vai mudar. Mas ele é O cara em crise pessoal - sua esposa, Vesper (Eva Green), morreu no final do último filme. Não importa muito o fato de que ela era uma agente inimiga tentando enganá-lo, uma vez que ele a amava. (suspiros)

Logo M (Judi Dench), a manda-chuva, teme que Bond possa estar passando para o lado negro da força e entrando em uma caçada onde o que mais importa é matar todos aqueles responsáveis pela morte de Vesper.

Paralelamente a isso temos os esforços de Camile (Olga Kurylenko), uma bondgirl para lá de estranha - ela não é feia, mas não é maravilhosa, como era de se esperar. Camile está tentando se vingar de um general que matou seu pai, sua mãe, suas irmãs, seu cachorro e papagaio de estimação, a deixando traumatizada para o resto da vida. Seu caminho cruza com o de Bond quando ele a salva contra a vontade, impedindo que mate o General Medrano (Joaquin Cosio).

A única coisa verdadeiramente diferente dessa história para milhares de outras é queo cenário não é mais o mesmo. Nem os vilões, que não são mais russos -comunistas estão out. Transferiram o eixo para a América do Sul. Isso mesmo. O filme se passa na Colômbia, onde o vilão-cérebro do filme, Dominic Greene (Mathieu Amalric) trama um golpe militar para dar o poder ao General Medrano, e assim assegurar as vantagens de sua coorporação.

Outro ponto é que não há um desfile de mulheres bonitas. Como Bond está em um momento delicado em sua vida psicológica, só fica mesmo com uma moça (que tem o cabelo mais bizarro da história do filme. Que diabo de cor é aquela?)

E o resto é bem o que você está imaginando mesmo. Mas, como diz um amigo meu, James Bond não tem que ser original, tem que ser divertido. Logo, se quer ver tiros, e mais tiros, e lutas coreografadas em alta velocidade, perseguições de carros e aviões, edições frenéticas, pouco diálogos e mais tiros, está vendo o filme correto.
Se não, é melhor ficar em casa.