Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Hancock

(Hancock - Peter Berg)

Esse é daqueles filmes que você sente nos seus ossos que não vai prestar. Mas acaba indo no cinema mesmo assim, só para confirmar que seus ossos estavam, mais uma vez, com a razão.
Temos aqui Will Smith no papel título do filme, como um super-herói bêbado, amargurado, sem vida social e que é odiado por todos. Como nenhuma explicação é oferecida ao longo de mais de 1h30min, você simplesmente tem que aceitar de boa que o cara tem super poderes (será que ele veio de outro planeta? foi picado por um bicho radioativo? nasceu assim? sofreu muitas traumas na infância e seu corpo criou essa super força como mecanismo de defesa contra pais abusivos? Um amigo meu disse que tudo seria revelado no Hancock 2, e eu tremo só de pensar na possibilidade).
Hancock, então, saí voando por aí salvando as pessoas com uma garrafa na mão, mas não está nem aí se vai quebrar alguns prêdios/carros/o que seja no caminho. Mas sua vida dá uma reviravolta - lindo isso, não? - quando salva Ray Embrey (Jason Baterman), um publicitário que quer mudar o mundo.
Ray, que está muito contente e tal por não ter sido atropelado por um trem, decide 'mudar' a imagem de Hancock, dando um belo discurso onde aponta que "ele(Hancock) age de maneira tão hostil para com o povo em geral porque se sente sozinho, mas no fundo só quer mesmo ser aceito."
Will Smith, no entanto, está bem mais interessado na esposa de Ray, Mary Embrey (Charlize Theron) que é, sem a menor dúvida, o personagem mais mal aproveitado do filme.
As coisas se desenrolam a partir daí, com Hancock encontrando algumas respostas sobre quem ele realmente é - respostas que te deixam com mais dúvidas do que qualquer outra coisa - e decidindo que talvez, só talvez, ele possa salvar as pessoas e ser amado em volta.
Olha, mesmo levando em conta o fato de que Hollywood sofreu uma greve de roteiristas, esse filme é muito ruim mesmo. Se tem qualquer respeito pelo seu QI, não assista.

PS: e alguém, pelo amor de Deus, me diz qual é a das águias.

Batman - O Cavaleiro das Trevas

(Batman, the dark knight - Christopher Nolan)







Coisas que você já deve ter ouvido falar sobre esse filme (além do obrigatório 'O maior lançamento do ano' e propagandas do tipo):

- que é melhor que o primeiro

-que o Heath Ledger está detonando.

- e que Maggie Gyllenhaal está melhor que Kate Holmes no papel.

As três são verdades, mas... me diz qual é a grande vantagem do filme ser melhor que o primeiro? Batman Begins é vergonhoso, seria bem mais impressionante fazerem um filme pior que ele. E qualquer um é melhor do que a Kate Holmes, ou Sra. Tom comedor-de-placenta Cruise.

Quanto à atuação de Heath Ledger... o filme vale a pena só para vê-lo no cinema. Tem elogio maior?



A história do filme envolve principalmente três personagens: Batman/ Bruce Wayne (Christian Bale), Harvey Dent (o ótimo Aaron Eckhart) e Curinga (Heath Ledger). Os dois primeiros no lado do 'bem', tentando salvar Gotan de si mesma, e o último... bem, explodindo tudo.

O fato de que Harvey Dent e Rachel Dawes (Maggie Gyllenhaal) estarem juntos seria o responsável pela tensão da história, mas Rachel continua sendo tão secundária que você até mesmo esquece que ela está por ali.

Não é necessário comentar mais nada do roteiro, porque como todos os filmes de super heróis, eles são praticamente auto-explicativos. Temos perseguições de carros, explosões e tiros, com a diferença de que você não tem vontade de bater a cabeça na parede, como acontecia no primeiro. A verdade é que o que faz um filme de super-herói é seu vilão, já que todos os heróis são iguais ("ah, não posso matar, isso vai contra tudo o que acredito... não importa se o vilão vai jogar uma bomba atômica em meu país. Simplesmente não posso derramar sangue"), logo sobra para o vilão dar o tom do filme. E o Curinga sempre foi o meu vilão preferido, ao menos do Batman.

Temos então um filme bem feito, dentro dos parâmetros de filmes baseados em HQ. Pegando os últimos lançamentos do ramo como base (tremo só de lembrar de Homem Aranha 3), esse é o melhor com as mãos amarradas.


Agora, o que não pode passar em branco é a voz do Batman! Deus, o que é aquilo? A verdade é que não sou fã do Christian Bale, e acredito que ele precise urgentemente de uma fono, uma vez que fala como quem carrega uma bola de algodão na boca. Mas o que ele fez com a voz quando estava usando máscara...igualzinha a voz de vítimas-de-estupro-dando-entrevistas-icógnitas-para-o-Fantástico.