Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

sábado, 14 de julho de 2007

Zodíaco

(Zodiac. David Fincher)


O último filme do gênero quem-será-o-serial-killer que eu assisti foi Dália Negra. Foi um balde de gelo na minha cabeça. Isso que dá ir no cinema com altas espectativas a respeito do que vai assistir: o filme simplesmente não convence.

Por essa razão, não dei ouvido as críticas positivas do filme e entrei na sala esperando um remake do Dália Negra. Aí a minha surpresa: o filme é envolvente, é longo sem se tornar cansativo, os personagens paracem reais para mim - não aqueles absurdos tirados das páginas de um livro.

O filme mostra a vida de pessoas que foram influenciadas pela presença do seria killer, que começa a mandar cartas à imprensa, chama a si mesmo de Zodíaco e tem o sonho oculto de ser famoso. Nada melhor do que ser famoso matando, não?

Temos então as mudanças que as ações do assassino causam na vida do cartunista Robert Graysmith (Jake Gyllenhaal) que começa a ficar obcecado pela identidade do psicopata, suas razões e seus códigos a ponto de destruir sua vida pessoal. Na vida do Inspetor David Toschi (Mark Ruffalo), que está ótimo; e também na vida do repórter policial Paul Avery (Robert Downei Jr.) que acabar bêbado e uma casa caindo aos pedaços.

De maneira inteligente o filme deixa pistas de um mistério que existe na vida real e que nunca foi verdadeiramente solucionado. Mas como Mark Rufallo responde ao comentário de que consiguirá capturar o assassino: 'claro que vou. Já estão até fazendo filmes a respeito'.

Ótemo.

Harry Potter e a ordem da fênix

(Harry potter and the order of the phoenix - David Yates)


Harry Potter.

É difícil classificar os filmes dele, já que se você for parar mesmo para pensar, bom... nenhum deles presta. Agora, considerando o fato de que a primeira vez que eu li um de seus livros eu tinha cerca de onze anos. Logo, tem toda a mística da infância que entra na brincadeira, e fica difícil ser imparcial.


Nesse filme, Voldemort (Ralph Fiennes) está de volta. Harry (Daniel Radcliffe) está em crise pessoal complicada pelo fato de que ninguém no mundo da magia acredita em sua palavra. A completa inabilidade do Daniel Hadcliffe demosntar emoções fica mais evidente em cada filme que passa. Hermione (Emma Watson) ainda fica parada em um canto com cara de quem está prestes a cair no choro. Rony (Rupert Grint) está cada vez mais secundário.

Dos personagens novos, Luna (Evanna Lynch) é uma graça. E Belatrix (Helena Bonham Carter) deveria ter sido muito mais aproveitada.


Esse filme específico é uma piada. O livro mais longo foi adaptado em duas horas e vinte minutos. Isso é basicamente o

mesmo tempo do primeiro filme - metade das páginas, se muito. Como resultado, temos um filme picotado onde eu duvido muito que alguém que não tenha lido o livro entenda.

É claro que existem milhares de cenas nos livros que não foram reproduzidas na tela do cinema. Mas isso é normal. Não sou daqueles fãs xiitas que reclamam a casa segundo 'a frase era blá blá blá blá e não blá, blá' ou 'cadê a cena tal?' - e sem essa de que o livro é melhor do que o filme. Um livro é sempre melhor do que o filme feito a seu respeito, a diferença está no fato de que os únicos filmes em que as pessoas realmente perdem tempo lendo o livro antes é Harry Potter e Código Davinci.


Como destaque temos os vários momentos Disney do filme, do tipo 'todos os magos poderosos começam quando crianças, se eles podem , nós também' - Harry em um momento vamos-todos-nos-unir-e-derrotar-as-trevas.