Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

(Spider Man 3. Sam Raimi)

Existe uma raça em extinção em Hollywood. E Homem Aranha 3 é o último grito de desespero que comprova: precisa-se urgentemente de roteiristas.
Tudo nesse filme é abaixo do que você espera. Ou melhor, quase tudo. Não se pode discutir que os efeitos especiais são excelentes – praticamente a única característica do filme para qual você pode aplicar esse adjetivo. Aparentemente, tentaram compensar a pouca densidade da história com explosões perseguições aéreas.
O filme consiste do eterno boboca mor, Peter Parker (Tobey Maguire) continua na sua rotina vida-dupla-faculdade-e-salvar-o-mundo, com a diferença é de que agora ele é aceito e amado pelo povo, que finalmente percebeu que o cara em roupa colante tá entrando em prédios pegando fogo e parando bandidos para deixar a cidade mais segura. Ah, ele também está namorando a sua paixão de criança, Mary Jane (Kirsten Dunst) – que continua em seu trabalho como isca preferida dos vilões que querem matar o homem aranha e que provavelmente deve ganhar seu salário por gritos.
E vilões é o que não falta nesse filme. Temos três, além da própria ‘batalha interna’ à qual o trailler se refere. Isso mesmo, quatro histórias paralelas e nenhuma desenvolvida com muita habilidade.
A explicação para a roupa negra do Parker é um vírus alienígena. Sim, um vírus alienígena (que aliás, é um ótimo gancho para o quarto filme, porque absolutamente nada foi explicado sobre isso). Logo, nosso herói não fica realmente mau. Ele é forçado a cometer maldades pela vida extraterrestre. E o visual que ele adota quando está passando pelo lado negro da força é o de um emo, com direito a um cabelo mais escuro e franja sobre os olhos. Será que existe alguma lição nisso?
É nessa fase em que a expressão do rosto do Tobey Maguire muda ligeiramente de um babaca para um wannabe-fodão-emo.
A trilha sonora do filme é um instrumental que me dava nos nervos – principalmente a música usada para os momentos de conflito interno do aranha. O filme tem menos de duas horas e meia e consegue ser muito, mas muito longo. Uma seqüência de clichês e clichês. Dou um destaque especial para a cena em que o caos está instalado: os vilões pegaram MJ – e agora quem poderá lhe salvar? Então chega o homem aranha, todo lindo pelos céus, para em ciam de um prédio com uma bandeira americana do tamanho de toda a tela do filme enquanto no fundo, tremulando ao vento enquanto a repórter diz que surgindo do nada, quando não se via mais esperança, aparece o Homem Aranha.

O filme vai ser um sucesso e vai render um quarto. E o meu medo é o que eles vão criar no quarto – difícil de superior o ‘nível’ que atingiram no terceiro. Eu só espero, de verdade, que arrumem um roteirista. Ou então, que esse seja mesmo o último.

4 comentários:

  1. O que é ele como emo?
    Chorei de rir no cinema.

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  2. Vou ver esse fim de semana e volto aqui.

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  3. Ele sua roupa colante e é um fofo. O que mais se pode querer?

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  4. Nossa, é muito ruim mesmo. Dooeu meu dente do siso.

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vamos ver o quanto você discorda de mim