Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Nine

(Nine, Rob Marshall. 2009)



Nine

ou

Não Se Preocupe, Rob Marshall, Ainda Te Amo


[Vamos começar isso aqui com uma verdade universal: Chicago é um filme excelente. Ponto final.
Rob Marshall, portanto, é Deus. Não importa o que ele faça da sua vida daqui para frente, não importa que tenha dirigido o sofrível “Memórias de uma gueixa” e que esteja prestes a colocar seu nome no quarto filme da franquia Pirata do Caribe” (é o QUARTO filme, pelo amor de Deus. Não tem como ser bom) ele sempre será o cara que fez “Chicago”.
Em outras palavras, ele sempre terá o meu respeito.
Mesmo tendo dirigido um musical que FALHA muito na Primeira Grande Regra Na Hora De Se Fazer Um Musical: músicas, oras. Músicas boas. Músicas que servem para incrementar a trama e te fazem cantarolar quando sai do cinema. Músicas, enfim, que não te deixam com sono.
Mesmo assim.]


[Sério, esse não é o tipo de filme feito de maneira a ter um final surpreendente. Mas, só por desencargo de consciência, pode conter spoilers]


Cena: em que as comparações com Chicago inevitavelmente começam

[Princípios básicos de construção de filme são um pouco diferentes quando se trata de uma peça musical. Por exemplo, em um filme “normal”, a primeira cena não é necessariamente a mais importante para se definir o teor do filme todo. Pode ser usada desse modo, é claro, mas não há problema nenhum se não for.
Em um filme “cantado” a coisa já é um pouco diferente, e a primeira música é utilizada para marcar o tom que o trabalho terá durante o filme todo.
Pense em All that jazz, por exemplo: vibrante, forte, sexy, animada, marcante.
Pense na... hm... música instrumental de abertura de Nine.


Você não lembra dela, não é mesmo?
Então.]

DON JUAN ITALIANO
[que deveria ser charmoso, damn it. Olha, Banderas já fez o papel na Broadway. Ia doer colocá-lo de volta? Ao menos ele é mais interessante que Daniel Day Lewis.
Pq se não engulo que todo mundo quer um pedaço do cara, não engulo NADA do filme. Então temos um sério problema logo do começo.]
(forçando sotaque italiano. Que tende a sumir e voltar entre uma cena e outra...)
O que vou fazer, o que vou fazer?

AGENTE DO DON JUAN ITALIANO
Maestro! Vamos, você está atrasado para a sua entrevista coletiva. Todo mundo quer saber como será seu mais novo filme!

DON JUAN ITALIANO
Também quero saber a história do meu novo filme. Estamos basicamente prontos para filmar e nada de roteiro. E já que estamos falando disso, como é que qualquer estúdio aprova um filme cujo roteiro nem existe? Sei que a história de Nine não se passa no presente, mas a premissa continua sendo bem absurda.

AGENTE DO DON JUAN ITALIANO
Pior que isso é o fato que estamos na Itália, aparentemente somos italianos e falamos inglês. E ninguém acha isso nem relativamente estranho.

[Don Juan pega seu carro e começa a andar pelas ruas de Roma, com tomadas amplas mostrando os monumentos históricos para que você saiba sem sombras de dúvidas onde está.

Não sei pq, mas algo me diz que o governo da Itália ajudou a financiar essa produção. Só um palpite.

É no carro que temos Sophia Loren, o espírito da mãe de principal, que surge do nada.

SOPHIA LOREN
O bom é que ninguém se importa o quanto meu personagem é ignorável, já que sou uma diva. E divas tem carta branca para fazer qualquer coisa.

DON JUAN ITALIANO
O que é isso, mãe? Você é de vital importância para o desenvolvimento dessa história...

SOPHIA LOREN
Uhum. Por isso que só apareço agora, e em uma música para o final que é uma emulação gritante do cenário de O fantasma da ópera? Sério, qual é o PONTO do meu personagem?

DON JUAN ITALIANO
Ainda não sei qual é o ponto desse musical. Ou de seu título, se quer saber a verdade.
8 ½ é bem melhor do que isso aqui...

FELINNI
Eu que o diga.

[Então Don Juan Italiano vai para a coletiva de imprensa, e no meio começa a surtar e temos uma cena extremamente bem montada de sobreposição entre a entrevista e sua I want song. *
Uma pena que a música seja... genérica. E isso porque estou de bom humor]



Cena: olha, é uma cópia de When you’re good to Mama!

DON JUAN ITALIANO
Estou muito perdido. Não sei o que fazer. Por que não me ajuda, Assistente Fiel, que é também a responsável pelo figurino dos meus trabalhos?

ASSISTENTE FIEL
Sem problemas. E vou fazer isso enquanto canto uma música a respeito de meu amor por plumas e paetês franceses. Com falas em francês e com absolutamente a MÍNIMA relevância para o andamento da narrativa.

DON JUAN ITALIANO
Quem se importa com andamento de narrativa esses dias?

ILUMINAÇÃO/FOTOGRAFIA DO FILME
Tente ignorar a música. Preste atenção em mim. Em mim!


Cena: Don Juan decide fugir de Roma e ir para algum lugar para o interior da Itália; pq é isso que gênios fazem, eles fogem e passam por crises de criatividade, oras. Ainda mais os gênios LATINOS, que vão usar sexo em alguma parte da equação.

DON JUAN ITALIANO
(no telefone com sua esposa)
Oi querida, tudo bem? Então, estou ligando para dizer que sai de Roma. Estou ficando em um hotel chique em outra cidade. Tudo bem?

MARION COTILLARD, AKA O MOTIVO PARA QUALQUER UM VER ESSE FILME
Não quer que vá te visitar?

DON JUAN ITALIANO
Acho melhor não. Estou me sentindo um pouco doente, vou chamar um médico.

[Médico chega, e nisso a Penélope Cruz liga, tendo assim sua primeira e única música do filme todo, e o que imagino que deva ser responsável pela sua indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (!)]

PENÉLOPE CRUZ
(usando lingerie, faz pose sensual, abre as pernas, vende sexo da maneira mais “limpa” possível para que esse filme não se torne censura 18 anos)
Gente, espero que todo mundo esteja olhando para minhas pernas e seios para reparar o quanto a essa música é absurdamente insossa. Como eles conseguem deixar uma música feita para ser uma espécie de preliminar SEM GRAÇA?

MAURY YESTON, PESSOA RESPONSÁVEL PELA COMPOSIÇÃO DO MUSICAL
É um dom.

MARION COTILLARD
Espera aí só um pouco. Ela foi indicada para o Oscar e eu não? Que absurdo é esse?

BOM SENSO
(é lenda.
Sem contar que usar decotes o tempo todo ajuda...)


Cena: mais de três músicas para dentro desse filme e ainda assim, nada de bom tocando?

PENÉLOPE CRUZ
(aparece para visitar Don Juan Italiano. Os dois têm várias cenas dentro de um quarto, a maior parte do qual Penélope aparece usando um lençol. Ou sem calcinha.)

[Olha, eu sei que ela é bonita. Tenho olhos, não? Pode passar tudo isso e ir para o que interessa. Se é que algo interessa nessa coisa toda.]

DON JUAN ITALIANO
Ainda bem que você veio. Estava precisando relaxar um pouco. Acredita que ainda não tenho nenhum roteiro para um filme que começo a filmar daqui a pouco? Precisava de um sinal de Deus...

[um bispo/padre/clérigo/sei-lá-qual-posição-na-hierarquia-católica aparece no hotel]

DON JUAN ITALIANO
Isso serve.

Cena: em que nosso protagonista consegue uma entrevista com o padre em uma espécie de sala soturna com uma piscina. Tortura medieval, mais alguém?

DON JUAN ITALIANO
Senhor, preciso de auxílio. O que posso fazer a respeito dos meu bloqueio de escritor?

MEMBRO DO CLERO
Não tenho certeza, meu filho. Mais você bem que podia deixar de falar sobre sexo nos seus filmes. Ensine a mulher a ser uma boa esposa, uma boa mãe...

[e então nós temos finalmente o primeiro número musical de peso desse filme. Lindamente editado, iluminado, idealizado, com uma grande influência da montagem de Cell Block Tango... e com a Fergie como intérprete.
Não estou nem brincando. Fergie interpreta uma prostituta pobre que esteve presente na infância do Don Juan Italiano, e é responsável por cantar Be Italian – música utilizada na propaganda do filme, inclusive.

Sem querer ser chata, mas já sendo... quando sua primeira música memorável é cantada pela Fergie... tem algo de muito, mas muito errado mesmo nesse quadro.
Só para constar.


Cena: Marion Cotillard, obrigada por existir.

DON JUAN ITALIANO
(em um jantar, em uma grande mesa cercada de amigos)

MARION COTILLARD
(surge, sem aviso e canta uma música muito bonitinha chamada My husband makes movies. Até agora não sei se a música que é fofa, ou se é meu amor por essa atriz. Seja por qual razão for, ao menos essa música tem o objetivo de nos mostrar a relação entre o casal principal do filme, e te sensibilizar com a vida que ela leva.)

DON JUAN ITALIANO
Se tivesse o mínimo de capacidade intelectual, saberia que se minha esposa surge do nada eu meio que deveria avisar a minha amante. Só no caso de alguma coisa acontecer, como ela aparecer no mesmo restaurante que estou exatamente na hora em que estou...

PENÉLOPE CRUZ
(surge, do nada. Pessoas adoram surgir nesse filme.
E vem decotada, é claro.)

DON JUAN ITALIANO
Putz. Querida, posso explicar...

MARION COTILLARD
Você me disse que estava tudo acabado!

DON JUAN ITALIANO
Mas estava. Ou ao menos, está... posso explicar, por favor?

MARION COTILLARD
(foge chorando. Agora é oficial: odeio o personagem principal desse filme)

DON JUAN ITALIANO
Agora, como sou um exemplo de pessoa, vou brigar com a minha amante por estar arruinando a minha vida. E mandá-la de volta para a pensão de quinta onde está hospedada, como se fosse um cachorro. Fala a verdade, sou um cara muito legal, não?

PENÉLOPE CRUZ
(vai embora, em silêncio. Esse era um lugar perfeito para se colocar uma música da amante-rejeitada, mas pq quebrar a sequência de Músicas Esquecíveis Tocadas Em Momentos Nos Quais Não São Assim Tão Necessárias?)

ILUMINAÇÃO/FOTOGRAFIA DO FILME
Sério. Olhem para mim.


Cena: sim, nosso ator principal é um idiota. Também já entendi isso.

DON JUAN ITALIANO
(em um bar, sentindo pena de si mesmo)

KATE HUDSON
Oi, lembra de mim? Estava na primeira cena do filme, na entrevista coletiva, lembra? Fui a trouxa que fez uma pergunta a respeito de moda no meio de uma coletiva sobre seu novo trabalho. De qualquer forma, estava super a fim te pegar. O que acha?

DON JUAN ITALIANO
Isso seria muito mais convincente se fosse minimamente charmoso/interessante, não?

KATE HUDSON
Sempre podemos dizer que você é rico.

[Então ela canta Cinema Italiano, que é um número musical que tem um ritmo decente, com um refrão acontecendo e crescendo musical e tudo o mais. Impressionante. Já estava achando que os compositores tinham feito uma promessa de não escreverem nenhuma música com um ritmo interessante.
Meu único problema com essa cena é... a roupa da atriz.
Não, sério. Por que ela está usando uma re-leitura moderna das paquitas? É como se alguém tivesse jogado uma cópia de Planeta Xuxa junto com uma de Barbarela no liquidificador e tivesse usado o resultado no figurino da Kate Hudson]

DON JUAN ITALIANO
Sinto muito, não posso ficar com você. Tenho que tentar voltar com a minha esposa.

[mas antes que ele possa fazer isso, tem que socorrer Penélope Cruz, que tentou se matar quando pensou que amado não queria mais saber dela.]

BELLA SWAN
Sei muito bem como você se sente.


Cena: Nicole Kidman está nesse filme.... ainda tentando descobrir o que diabos ela está fazendo aqui. Seu papel nesse filme redefine o conceito de pointless.

AGENTE DO DON JUAN ITALIANO
A atriz principal do filme chegou! Nicole, vamos fazer o teste de figurino.

NICOLE KIDMAN
(com dois kg e meio de maquiagem na cara. Dá até medo o tanto de reboco que tem na sua bochecha)
Não faço nada enquanto não ler um roteiro.

DON JUAN ITALIANO
Faz sentido. Agora, o que não faz sentido é pq te coloco no meu carro e saiu dirigindo pela noite, fugindo dos paparazzis. Mas é o que eu faço.

[Depois de uma cena de perseguição pelas ruas de Roma, eles param o carro e começam uma DR que, até agora, não faz o menor sentido para mim.
Sim, entendi do que eles estavam falando. Só não peguei o porquê estavam fazendo aquilo ali, naquela hora, e daquele jeito.
Isso, na minha terra, tem um nome: incompetência do roteirista.]

NICOLE KIDMAN
Então, qual é a desse filme?

DON JUAN ITALIANO
É sobre um homem que tem várias musas. E todas elas se apaixonam por ele, já que ele é o cara mais legal e fodástico de todo o universo. E ele tem que aprender a lidar com a quantidade gigantesca de pessoas que o amam... já mencionei que todo mundo ama o cara? Sim, ele é extremamente amado.

NICOLE KIDMAN
Imagino se o seu ego precisa de alguma coisa...
De qualquer maneira, não posso participar desse filme – mesmo que meu contrato já tenha sido assinado. Mas como esse filme tudo se baseia na premissa de que as Pessoas Que Fazem Contratos Cinematográficos Na Itália Dessa Época São Um Bando De Idiotas, acho que não será um problema maior para a narrativa.

DON JUAN ITALIANO
Mas por que não vai fazer o filme?

NICOLE KIDMAN
Você precisa me tirar desse pedestal! Não posso fazer mais isso!

(enquanto Você tenta tirar um sentido mais profundo desse diálogo, ela canta Unusual Way, que consegue a proeza de ser a pior, mais chata, mais sem melodia e mais sem sentido/necessidade música do filme todo.
E considerando que tivemos Folies Bergère mais cedo, esse é um feito e tanto.

NICOLE KIDMAN
Tendo cantado isso do lado de uma fonte (pegou a referência, pegou, pegou?), vou dar as costas e ir embora. Como, ninguém sabe, já que a chave do carro está com você, só temos um veículo e não é como se estivesse com um celular na mão...



Cena: Já agradeci Marion Cotillard antes, não?

MARION COTILLARD
Tá. Mesmo sendo um corna (e não pela primeira vez, ainda por cima), vou ajudar meu marido a escolher a atriz que fará seu próximo filme.
Meu nome já está na lista da canonização, ou o quê?

DON JUAN ITALIANO
Que bom que você veio, esposa! Agora, poderemos ver as candidatas juntos.

[em uma sala de cinema, todos assistem os clipes dos testes das possíveis atrizes. Em um momento extremamente Homem Aranha 3 de ser, nosso protagonista realiza exatamente a mesma interação que teve com sua esposa na primeira vez que a viu em uma aspirante a atriz qualquer. Porque XY é sempre burro, não há o que se fazer a respeito.

MARION COTILLARD
Seu filho da puta.
(Então ela canta Take it all – a melhor música do filme, de longe.
É claro que ela é boa demais para pertencer ao setlist básico do musical da Broadway, e foi incluída especialmente para o filme. (já que se pudessem fazer músicas assim tão boas, provavelmente teriam feito mais delas, não?)
Sabe o que isso quer dizer?
Que os responsáveis por dar o Tony Awards para essa peça em 1982 são ainda piores do que os responsáveis por indicarem Penélope Cruz para o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por esse trabalho. E justo quando você pensou que não fosse possível)


Cena: fundo do poço do protagonista. Uma pena que Você está ocupada demais odiando o cara para se importar com sua dor

DON JUAN ITALIANO
Olha só, galera, sinto muito, mas não vou poder fazer esse filme – já que até agora não escrevi/tive uma ideia para o roteiro dele. Vamos cancelar tudo, destruir o cenário, mandar todo mundo de volta... e agradecer aos céus que ninguém nesse país sabe fazer um contrato decente, do contrário a multa seria astronomica.

ASSISTENTE FIEL
Não se preocupe, tudo vai acabar bem. Agora, o melhor a fazer é deixar a barba crescer e ir morar em um algum lugar esquecido. Espera a poeira baixar, e depois volta e começa a fazer filmes de novo, que tal? Quem sabe a gente até explica o título dessa coisa?

DON JUAN ITALIANO
Estava achando que era só para martelar com ainda mais força que somos a versão musical de 8 ½... quer dizer que tem mais alguma razão?



Cena: final. Sabe-se lá quantos anos depois.

ASSISTENTE FIEL
(algo assim)
Acho que já está na hora de encontrar a criança dentro de você, aquela que permitia que fizesse os melhores filmes desse universo.

DON JUAN ITALIANO
Por que não? Deve ser fácil conseguir patrocínio de algum estúdio, ainda mais quando meu último trabalho terminou causando dívidas e mais dívidas para todos os envolvidos. Não é?

ASSISTENTE FIEL
Depois do meu discurso sobre sua “criança interior” perdi a moral de dar qualquer opinião.

DON JUAN ITALIANO
Que tal se eu fizesse um filme mostrando um homem tentando se reconciliar com sua esposa? E se o chamasse de Nine?

E SAINDO DIRETO DA ESCOLA DE FINAIS MAIS ANT-CLÍMAX TEMOS...


VOCÊ
(respira... vai, respira fundo)


FIM



* I want song:
é um dos tipos básico de música cantado em musicais. Trata-se de expor os desejos do personagem e estabelecer as bases da sua personalidade. Outro tipo de música básica seria a I Am Song, que muitas vezes podem se unir para formar uma coisa só. My husband makes movies seria um exemplo dessa última.
Sim, Descrítica também é cultura.


FIM, DE VERDADE

2 comentários:

  1. Sabe que comigo aconteceu quase que o mesmo do último cd da regina
    odiei na 1 vez, comecei a gostar + p/ frente

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  2. Nada me tira da cabeça que a Kate Hudson tava a Cláudia Leitte na música dela.

    E sério... COMO alguém chifra a Marion Cotillard? A Penélope Cruz é linda, gostosa e tudo mais que a latinidade permitir, mas aquela francesinha com Take it all teve um EPIC WIN.

    Sobre o sotaque... não teria nada contra se fosse filmado em inglês americano mesmo, sem sotaque, abordagem Star Trek e vamos lá. Mas com sotaque? Pra que?! Só pra gente se sentir incomodado e ver como fica falso? Quer be italian? Então BE italian, porra.
    Vaffanculo: vocabulário básico.

    Sophia Loren e Nicole Kidman altamente desnecessárias.

    E o que mais me irritou no filme, como você disse, Livia, É A ABSOLUTA FALTA DE MÚSICAS BOAS!!!
    PQP! É UM MUSICAL, MINHA GENTE!
    ¬¬

    E pra terminar... Marion, pegael.

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vamos ver o quanto você discorda de mim