Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Oscar 2019


Oscar 2019

ou

Oscar? Relevante? Nessa economia?


 Mais um ano, mais um Oscar, mais um post no blog porque me falta vergonha na cara de deixar essa “tradição” morrer. A premiação tá cada vez mais batida, os filmes cada vez menos válidos, o interesse do público cada vez menor, mas eu continuo aqui – como aquela espinha que você acha que sumiu mas fica voltando no seu rosto sempre que como chocolate.

Esse ano, a coisa estava tão feia que a Academia não conseguiu nem achar dez filmes que dava pra fingir que eram ok o suficiente para indicar para Melhor Filme: temos apenas oito dessa vez. E desses oito, cinco são... ok. “Ok” define o Oscar desse ano como nunca antes – nada é realmente ruim, mas pouca coisa é realmente boa. Um desfile de mediocridade que sempre poderá escrever “Filme indicado ao Oscar” na capa do DVD. Depois ainda reclamam que “ai mais o Oscar está perdendo a audiência, ai está perdendo a relevância...” Susan, quando você me indica ao mesmo Oscar Nasce uma estrela e Green Book – o Guia, o que espera? A palavra “ok” praticamente patrocinou a premiação desse ano – dá pra fazer um drinking game lendo esse meu post.

Bem-vindo à decepção deste ano, patrocinada por 3 filmes com tema de racismo pq a white guilt nunca esteve tão viva em Hollywood:


A Pantera Negra

(Black Panther. Ryan Coogler, 2018)



Quando A Pantera Negra recebeu a indicação para Melhor Filme, algumas pessoas vieram me perguntar o que achava disso, já que é a primeira vez que um filme de super-herói popular recebeu essa distinção, e não é óbvio que foi para a Academia parecer mais antenada e descolada e na vibe da galera jovem e que está forçando porque é um filme popular de super-herói que ainda por cima lida com questões de raça e racismo e blá blá blá.
Em 2015, quando Mad Max recebeu a indicação, escrevi o seguinte neste mesmo blog: “...só a indicação já abre precedente para um futuro menos esnobe”.
Não tenho problema nenhum com a possibilidade de filmes de ação/populares serem indicados ao Oscar. Se o filme for bom, não quero nem saber em qual sessão do Netflix ele vai ser colocado depois. Agora, o ponto principal aqui é: A Pantera Negra é bom o suficiente para ser indicado ao Oscar?
Resposta curta: não. Resposta longa: o Oscar está tão ruim esse ano que claro, por que não?
Se você me indicar Nasce uma estrela, não tem razão nenhuma para não indicar A Pantera Negra. Um é um romance musical bege e o outro é um filme de ação bege, os dois têm direitos iguais na minha casa. Não vi ninguém (além de mim) reclamando que o filme da Lady Gaga foi indicado, mas a internet ficou louca e mto puta que tiveram a pachorra de indicar A Pantera Negra. Se isso aqui fosse 2011 quando a gente tinha filmes como Discurso do Rei e A Origem e Cisne Negro, claro, ia ficar brava também. Na conjuntura atual da vida? Ele tem tanto direito (ou nenhum direito) de estar aqui como cinco de oito dessa lista.
Galera puta no twitter gritando “cotas!!” pode ficar tranquila de qualquer forma, pq não vai ganhar Melhor Filme de qualquer forma.
E não, não vou resumir a história desse filme pq todo mundo e seu cachorro já assistiu, e se você não viu, é claramente pq não quis.
Indicações: Melhor Filme, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som
Deve levar: Nunca Melhor Filme, foi claramente uma sinalização da Academia que vão começar a seguir cada vez mais para um futuro menos Filme Silencioso Europeu Que Só Duas Pessoas Assistiram e não uma coisa real com chance de ganhar. Queria muito Melhor Trilha Sonora Original pq Kendrick Lamar, ganhador do Oscar? Sim, pfvr.


Infiltrado na Klan

(BlacKkKlansman. Spike Lee, 2018)



Infiltrado na Klan é um filme baseado em fatos reais (nº 1 nessa lista) sobre a história de um policial negro que se infiltrou na KKK e tem uma carteirinha com o nome dele e número de associação até hoje. O que me leva a minha primeira surpresa: a KKK tem na real uma carteirinha de associação, olha as coisas.
A história é bem o que você espera mesmo: bando de racistas babacas querendo matar negros e judeus e gays pq são racistas babacas, exceto que no final você fica deprimido com a vida pq o bando de racistas babacas está vivo e bem e no poder.
De qualquer forma, esse é um daqueles filmes... ok. A história é melhor do que o filme em si, e pela história tem sempre o livro que você pode comprar e ler. Esse filme sofre do mesmo problema que a maioria dos filmes e uma das coisas que mais me irrita e que mais reclamo nesse blog: não quero um livro filmado, quero um filme que use todas as possibilidades e aspectos do meio visual para contar uma história. Considerando que a direção é do Spike Lee, esperava uma direção criativa um pouco além do convencional, mas não. O filme liga todos os pontos necessários para criar um filme e não é ruim ou mal feito nem nada. É só... mais um. Podia ser tão melhor.
Vale a pena pela história, tecnicamente não pelo filme. É apenas ok.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor (Spike Lee), Melhor Ator Coadjuvante (Adam Driver), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição
Deve levar: Não vai levar Melhor Filme nem Melhor Direção, risos. Pode levar Melhor Roteiro Adaptado, o que seria justo (é um livro filmado, como mencionei) e/ou Melhor Trilha Sonora.


Bohemian Rhapsody

 (Bryan Singer, Dexter Fletcher. 2018)



Filme baseado em fatos reais (n.º 2 da lista) contando a história da banda Queen, focando mais no papel do Fred Mercury na história do que qualquer coisa. É um filme muito divertido, e se você curte Queen (quem não, na real?) vai gostar do produto final. Meu pai até chorou e tudo.
Agora, sei muito bem a reação do mundo ao dizer isso, mas não é como se ligasse de irritar pessoas com esse blog: é apenas ok.
“Ai Livia, mais pelo amor, como você é chata. Acabou de falar que gostou do filme, caralho”
Sim, gostei. Assistira de novo. Mas isso aqui é o Oscar, que deveria ser os melhores filmes produzidos durante um período de 365 dias na maior indústria de produção cinematográfica do mundo. OS MELHORES. ENTRE TODOS. OS FILMES.
Bohemian Rhapsody é legal, é ok (mais uma dose), é divertido, mas é um exemplo da sétima arte? É diferente, é inovador, tem uma marca, um ponto de vista, algo a dizer que faz com que se destaque de qualquer outro filme produzido antes ou depois? Não, não tem.
A única coisa digna de nota real desse filme é a atuação do Rami Malek como Fred Mercury, que deve levar Melhor Ator. Fora isso... a trilha sonora é incrível, mas a trilha sonora é Queen e Queen é incrível, então não é exatamente um mérito do filme.
Honestamente, senti que o filme ficou perdido entre ser uma biografia do Fred Mercury ou uma história da banda, e ficou num meio-termo morno que não foi fundo em nenhum dos dois caminhos. Sem contar a hesitação do filme de realmente-realmente mostrar o Fred Mercury como um babaca narcisista: colocou o pé na água da piscina, mas achou que estava muito frio e perdeu a coragem. Quem sabe se tivesse mergulhado, poderia ter sido excepcional.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator (Rami Malek), Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição
Vai levar: Melhor Ator (Rami Malek), muito merecido. Sinto muito Christian Bale sendo gordo e velho, não foi dessa vez.
Pode levar: por mais que me doa escrever isso, Melhor Filme é uma opção pq o universo é uma piada. Não opino em prêmios técnicos de som, mas não ficaria surpresa se levasse.


A Favorita

(The Favourite. Yorgos Lanthimos, 2018)

Finalmente, senhor, um filme realmente bom nessa lista! Glória está entre nós.
A Favorita conta a história (fictícia, outra glória, não aguento mais “baseado em fatos reais” no meu escapismo cinematográfico) do reinado da Rainha Anne (Olivia Colman), comandante fraca e perturbada, controlada pela Duquesa de Marlbourough (Rachel Weisz) por meio de um relacionamento codependente e autodestrutivo. Até chegar a pobre Abigail (Emma Stone), que tenta se tornar a nova favorita da Rainha e ocupar uma posição social melhor.
O trio principal está todo indicado por atuação, e todas elas merecem. O diretor grego, que não conhecia (e nunca vi nada antes) criou um universo da realeza sem glamour ou disfarces: o filme é sujo, visceral, brutal e não tem a menor vergonha ou problema com isso.
Você sai do filme com um desconforto perverso de ter visto algo que não deveria, mas ao mesmo tempo quer sofrer mais da sujeira e podridão da época, da segurança de seu sofá.
Filmes que evocam emoções além da história escrita, que conseguem criar visualmente sensações me deixam extremamente felizes, pq é justamente isso que um filme deveria ser. Yorgos Lanthimos não cria um filme agradável, mas cria uma obra marcante – e me deixou interessada o suficiente para ir atrás de outros filmes com sua assinatura.
Dica? Assistam A Favorita. Você pode não gostar, mas vai sentir alguma coisa, o que é mais do que qualquer filme que veio antes nessa lista conseguiu de verdade.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Atriz (Olivia Colman), Melhor Atriz Coadjuvante (Emma Stone, Rachel Weisz), Melhor Roteiro Original, Melhor Cinematografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Edição
Pode levar: queria muito de verdade que levasse a dupla Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante (difícil escolher entre Rachel Weisz e Emma Stone, mas apostaria na Emma Stone por pura preferência pessoal. As duas estão absurdas). Reza a lenda que Glenn Close leva Melhor Atriz por um filme que ainda não vi, então nem sei opinar. Estou dividida sobre Melhor Cinematografia / Melhor Direção de Arte pq Roma existe, e os dois filmes são sublimes, mas com pontos de vista muito diferentes.
Deveria levar: Melhor Roteiro Original. Nem se atrevam a dar para Green Book que vou pessoalmente dar na cara de todos os envolvidos. Melhor Figurino é sempre uma aposta segura em filme de época.


Green Book – O guia

(Green Book. Peter Farrelly, 2018)



Esse filme. Ai meu Deus, esse filme. Argh.
Baseado em fatos reais (choque!), conta a história de um pianista negro (Mahershala Ali) que vai fazer uma turnê pelo sul dos EUA nos anos 1960 e precisa de uma proteção. Para isso, contrata um estereótipo ambulante italiano (Viggo Mortensen) para ser seu guarda-costas nessa empreitada. Nesse Conduzindo Miss Daisy em reverso, os dois passam por poucas e boas em busca de aventura e em clima de azaração.
Será que o pianista vai deixar de ser tão certinho e comer frango com a mão?
Será que o italiano vai deixar de ser preconceituoso e aceitar o negro como amigo?
O filme é tão clichê que dói. Pior: o filme é desnecessário e seria considerado “datado” se tivesse sido lançado há 15 anos. Por que ele está nesta lista? Não faço ideia, pq, honestamente, a única coisa que o personagem branco do filme faz é ter a coragem de conhecer o pianista. É isso. Cadê o desfile em honra dessa alma caridosa que se dignou a conversar com um negro como se eles fossem iguais? Estou no aguardo.
É ruim, é batido, é forçado para um caramba pra você chorar ou sentir “mas olha, somos todos iguais no fundo! Mais uma vez, um branco com a “mente aberta” venceu o racismo”
Sério. Assiste Conduzindo Miss Daisy mesmo que pelo menos aquele filme tem a desculpa de ser antigo e tem o Morgan Freeman.
Desgraça de filme ridículo que me roubou 2h da minha vida para ser um grande zero.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator (Viggo Mortensen), Melhor Ator Coadjuvante (Mahershala Ali), Melhor Roteiro Original, Melhor Edição
Pode levar: ah sim, esse filme pode levar coisas! Como Melhor Ator Coadjuvante. Considerando a competição, que tá fraquíssima, nem ligaria.
Não deveria levar nem com reza brava: Melhor Roteiro Original. Pega na minha e balança que é por esse tipo de coisa que ninguém leva o Oscar mais a sério, Susan.

 Roma

 (Alfonso Cuáron, 2018)



Todo mundo tinha ouvido falar desse filme. Tem até disponível no Netflix, sabe.
O filme preto e branco em espanhol indicado ao Oscar de Melhor Filme. Um dos (se não o mais) cotado a ganhar e ser o querido da noite. Ouvi muita coisa antes de assistir e confesso que esperava que fosse basicamente hype sem sentido.
E estava errada. Adoro estar errada nessas situações.
Roma é o melhor filme dessa lista. Ponto final, sem discussão.
Roma veio na minha casa, curou minhas feridas, salvou meu primogênito da pneumonia, assou um bolo de cenoura e foi embora depois de me colocar na cama.
Não sei nem como explicar Roma, pq não é um filme em que a história em si (a história de uma empregada doméstica e a família para a qual trabalha em meio à turbulenta situação política e social do México de 1970) é importante: não tanto quanto o simbolismo e a cinematografia. Praticamente o oposto de A Favorita – nele, temos um filme duro, bruto, pesado, ofensivo. Aqui, temos um filme belo, suave, sutil, delicado, artístico. Cada tomada é uma pintura simbólica, cada escolha artística tem um significado profundo.
Como brasileira, é ainda interessante notar como as estruturas sociais da América Latina se repetem. Posso não morar no México daquela época, mas conheço cada um daqueles personagens pq já vi todos por aqui, no Brasil do século XXI.
Não existe razão nenhum pq Roma não deveria terminar esta noite com Melhor Filme e Melhor Direção. Nenhuma. Nada aqui chega nem perto – é como comparar uma criança pintando um casinha com um sol no canto com um quadro do Van Gogh.
Esse filme está indicado para Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro e claramente não vai ganhar os dois. É possível que ganhe Melhor Filme Estrangeiro e perca Melhor Filme, mas boa sorte em achar qualquer justificativa que não xenofobia aqui, pq é honestamente outro nível de qualidade sendo jogado na nossa cara. Mas, sabe, estamos falando dos EUA, logo...

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (Yalitza Aparicio), Melhor Atriz Coadjuvante (Marina de Tavira), Melhor Roteiro Original, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Cinematografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som
Deveria levar se galera quer ter qualquer tipo de credibilidade: Melhor Filme. Não me lembro de nenhum Oscar em que um dos filmes fosse tão claramente superior ao resto como esse. Se levar Melhor Filme, não deve levar Melhor Filme Estrangeiro (e vice-versa) – ou seja, Melhor Filme Estrangeiro é anunciado antes do prêmio máximo, vai dar pra ter uma boa noção do final da noite após esse prêmio. Independentemente de qual dos “Melhor Filme” levar, Melhor Direção é do Cuarón.
Pode levar: Melhor Cinematografia e Melhor Direção de Arte. Esse filme é seriamente ofensivo de tão lindo.


Nasce uma estrela

(A Star is Born. Bradley Cooper, 2018)



Bom, seguinte: sei que todo mundo amou esse filme. Sei que todo mundo ama a Lady Gaga. Sei que todo mundo quer que a Lady Gaga ganhe seu Oscar de Melhor Atriz para sambar na cara da sociedade. Mas, sinto muito para todos os envolvidos, preciso ser honesta: esse filme é meramente mais um filme clichê (ainda mais considerando que é a quarta vez que eles refazem esse mesmo filme, gente, segura essa onda, tá pior que os reboots do Homem Aranha) e não merece um terço de toda a atenção.
Contando a história de uma garçonete com uma voz de ouro (Lady Gaga) que sonha em ser famosa e seu romance com um cantor famoso que abre portas para ela (Bradley Cooper). Mas nem tudo está bem no reino da Dinamarca, pq ele é viciado em drogas e álcool! Oh não! O romance deles dará certo em meios aos vícios e ao drama de ser famoso?
O filme vale a pena por uma razão e uma razão apenas: pq a Lady Gaga canta para caramba. Fora isso? Divide em cinco partes e passa na sessão da tarde. Ele é divertido e entretente, e vale a pena assistir. Mas como você quer olhar na minha cara e me falar que Roma e A Favorita existem no mesmo universo de qualidade que Nasce uma estrela? Tome tento.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator (Bradley Cooper), Melhor Atriz (Lady Gaga), Melhor Ator Coadjuvante (Sam Elliott), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Cinematografia, Melhor Mixagem de Som, Melhor Canção Original
Vai levar: Melhor Canção Original.
Pode levar: não descarto a possibilidade de a Lady Gaga levar Melhor Atriz. Não acho que leva, mas se levar, nada pra se ofender também. Ela é a única coisa que eleva um pouco esse filme.


Vice


(Vice. Adam McKay, 2018)

Esse filme conta a história de Dick Cheney, o vice-presidente do George W. Bush. E assim que li essa frase, já pensei “mas que merda. A única coisa que me importa menos que saber sobre o Bush é saber sobre o vice dele”. Mas, como está na lista, fui assistir. E só depois de dar play que me percebi que era um filme do Adam McKay.
Quem é Adam McKay, você se pergunta? O diretor de A grande aposta, o meu filme favorito do Oscar de 2015 (e que, claro não ganhou nada, assim como esse tb não vai).
Adam McKlay está rapidamente se tornando um dos meus diretores favoritos pela forma como escolhe para contar a história: seus filmes não seguem os padrões tradicionais de narração e usam e abusam dos efeitos, edições e saídas visuais criativas e diferentes. O assunto em si (política, ew, política americana, mais ew ainda) não me interessa nem um pouco. Mas em A Grande Aposta, ele estava falando sobre a bolha da crise hipotecária americana e foi um ótimo filme. Aqui, ele fala sobre Dick Chaney e é interessante. Esse dom é algo mágico e mal posso esperar pelo próximo filme dele. Se um dia ele decidir fazer um filme sobre um tema que me interessa de verdade, tem potencial de ser um dos meus favoritos da vida.
Se quer uma representação concreta da minha reclamação de “filmes não devem ser livros filmados”, assista Infiltrados na Klan e depois veja O Vice. Vai saber exatamente o que quero dizer.
Um filme irreverente, diferente, com um diretor autoral (saudades que estava desse conceito) e uma perspectiva nova: um exemplo do que espero de um filme na lista dos melhores do ano de Hollywood.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator (Christian Bale), Melhor Atriz Coadjuvante (Amy Adams), Melhor Roteiro Original, Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Cabelo
Deve levar: um grande sorriso e um troféu de participação (talvez Maquiagem e Cabelo como consolação). Christian Bale teria chance em qualquer outro ano, mas com o Malek deitando como Fred Mercury, não dever rolar esse ano. Sinto que a Amy Adams também não leva esse ano, e honestamente, qualquer uma das duas amigas de A Favorita merecem mais que ela mesmo. Amo a Amy, mas não por esse filme.
Gostaria que levasse: Melhor Roteiro Original. Sei que amei A Favorita, mas se tivesse que escolher entre os dois pra “Original”? Esse mesmo.

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