Porque se o José Wilker pode, eu também posso.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Indicados Oscar 2011

E, mais uma vez, minhas férias produtivas pra caramba patrocinam o meu esforço de assistir os 10 indicados para Melhor Filme no Oscar desse ano. Tarefa que está cada vez mais difícil, principalmente quando vc vê como o fato deles terem dobrado o número de indicações tornou a tarefa bem mais dolorosa – assim, filmes que nunca chegariam lá estão indicados pela simples falta do que indicar, e eu me vejo obrigada a assistir coisas como “Minhas mães e meu pai” (primeira vez no universo em que o título nacional faz mais sentido do que o original) ou “127 horas”. Mas eu, como os sertanejos, sou antes de td um forte, e cheguei ao final desse epopeia.

Bom, aqui vai, graças ao piratebay, os indicados desse ano:

[Sabe de uma coisa excelente na premiação desse ano praticamente todos os filmes, com exceção de “A Origem”, tem menos de 2 horas. O que só posso agradecer a Deus.]


127 horas

(127 hours. Danny Boyle, 2010)


Juro que não sei. Sério mesmo. Não sei.
Ok, esquece isso. É claro que eu sei. Filme chato do caramba, pelo amor de Deus.
Olha, todos os anos nós temos ao menos uma indicação reservada para o filme que eu chamo de Osca Bait: normalmente, holocausto, mas uma história real inspiradora tb entra nessa conta. Na premiação desse ano, o ocupante desse lugar é 127horas, um filme que tem o James Franco preso em um buraco durante 80% do tempo.
Baseado na história de, bom, um cara que ficou preso num buraco por 127 horas, o filme tem só uma pequena falha: QUEM SE IMPORTA? É o James Franco. Ou seja, o duende verde em Homem Aranha. Vc vai chorar pq ele está com sede? Vai? Vai?
Tudo bem, tudo bem, estou sendo mais chata que o normal. Ele fez um trabalho decente de atuação, ainda mais levando em conta que é ele sozinho praticamente o tempo todo. Mas o que a galera esquece é que se vai fazer um filme calcado em grandes períodos de silêncio e a presença de apenas um ator, esse ator deveria ter uma pqna coisa chamada carisma. Carisma não anda de mãos dadas com uma boa atuação.
Exemplo 1: Tom Hanks em O Naufrágo. Boa atuação e bom carisma. Vc praticamente chora quando ele perde uma bola.
Exemplo 2: Will Smith em Eu sou a lenda. Atuação medíocre e bom carisma. O filme pode não prestar, mas em nenhum momento vc fica com sono. Pontos pra ele.
Exemplo 3: James Franco em 127 horas . Boa atuação e carisma negativo. Vc simplesmente não consegue se importar o suficiente com o personagem pra ligar que ele está sofrendo.
Sem contar que o filme quase não te conta nada sobre o personagem pra vc sofrer com ele. A bem da verdade é que td o que sei sobre o personagem do James Franco é que ele é um idiota (não avisou pra ngm que ia sair pro meio do nada – genial) e que ele não tem mais namorada. E só. Não o suficiente pra que me envolva emocionalmente, sinto muito.
Sabe qual é a melhor coisa que posso falar sobre esse filme? Tem 1h30min de duração.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Ator Principal, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original.

Pode levar, dependendo do humor de Deus: Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. Não dou palpite em prêmio de trilha sonora/canção, pq nunca acerto.




A Origem

(Inception. Christopher Nolan, 2010)

Sou a primeira a confessar aqui que esse é o meu filme favorito pro Oscar desse ano.
Racionalmente, concedo que pode não ser o melhor filme da lista. Grande coisa. Esse foi o filme do qual eu mais gostei, e fazia tempo que não gostava tanto assim de alguma coisa, me dá licença? Tem uma carta de amor disfarçada de crítica dele no meu blog (duas vezes, na verdade, mas quem está contando?) e é bem por aí mesmo.
O fato de não estar indicado pra melhor diretor já nos mostra o inevitável: não, A Origem não vai ganhar no Oscar desse ano. Pq? Uma possível resposta é pq existem filmes melhores concorrendo (pode ser verdade, desde que vc não venha me dizer que A rede social é um deles, faça-me o favor. Agora, se for O Discurso do Rei, sem argumentos.) Outra é pq ficou popular demais, e Deus sabe que td o que é popular demais não presta. Outra é pq ninguém aguenta mais dar prêmios pra filmes com o Leonardo DiCaprio.
Seja como for, acho muito difícil, quase impossível, que A Origem ganhe melhor filme. Bom, tem mais chances do que 127 horas, mas ainda assim... Talvez, e esse é um talvez relativamente grande, ganhe melhor roteiro original. Ao meu ver, esse filme TINHA que ganhar esse prêmio mais do que qquer outro, mas o que eu sei? Mas deve ir pro Discurso do Rei também, logo...
No fim das contas, se ganhar, vão ser os prêmios “menores”: fotografia, direção de arte, efeitos visuais, coisas do tipo.
[Ah, e como não foi indicado pra edição, nunca saberei.]

Indicações: Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som/Montagem Sonora, Melhor Mixagem de Som, Melhores Efeitos Visuais.

Se levar alguma coisa, pode ser: Melhor Roteiro Original, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Direção de Arte.




Cisne Negro

(Black Swan. Darren Aronofsky, 2010)

Concorrendo lado a lado com O Discurso do Rei pra ver qual dos dois é o filme com mais favoritismo, Cisne Negro conta a história de uma bailarina que, na busca de conseguir o papel principal no Lago dos Cisnes, e começa a ficar um tanto quanto “impressionada” na sua busca pelo seu cisne negro interior. A bailarina em questão é a Natalie Portman, que vai ganhar o Oscar de Melhor Atriz. Bem merecido – mesmo detestando a menina depois de atuar na trilogia caça-níquel de Star Wars e em V de Vingança, achei um trabalho altamente convincente.
Devo dizer que não entendi pq não recebeu uma indicação de melhor roteiro original. A premissa do filme me parece tão boa. Minhas mães e meu pai ganha essa indicação e Cisne Negro não? Tem horas que acho, de verdade, que a academia está curtindo com a nossa cara. (Acham que vou esquecer da pré-indicação da música do JUSTIN BIEBER? E daí que não deu em nada? Como pensaram em pré-indicar aquilo?)
Gostei muito desse filme, bem mais do que pensei que gostaria. Concordo com aqueles que dizem que poderia ser mais sutil, mas estamos falando de Aronofosky (Réquiem para um sonho), acho que ele nem sabe como soletrar essa palavra. E, não me interpretem mal, sutil no sentindo de que (SPOILER ALERT/) ele não precisava ter realmente mostrado ela virando um cisne negro no final do balet pra que eu entendesse o que estava acontecendo. Oura coisa boa é o tamanho (menos de duas horas virou meu novo pré-requisito pra gostar de um filme, não tenho mais a paciência de anos atrás), e o fato de que o desenvolvimento do personagem acontece no tempo certo, nem muito pouco (aí vc não entende patavinas), nem demais (aí vc cansa).
Superestimado? Talvez. Depende com quem vc falou antes de ver o filme, é claro. Se vai ganhar o prêmio máximo? Mais chances do que A Origem, menos do que O Discurso do Rei. Mas vai saber? Eles REALMENTE gostam de zuar com a nossa cara na cerimônia do Oscar.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Fotografia, Melhor Edição.

Vai levar Melhor Atriz. Provavelmente vai levar Melhor Fotografia.




O Discurso do Rei

(The King’s Speech. Tom Hooper, 2010)

Favorito juntamente com O Cisne Negro, esse é o filme que eu realmente vejo ganhando pelo menos dois dos prêmios maiores: Melhor Filme e Melhor Ator Principal (Colin Firth todo trabalho na gagueira).
Contando a história inspirado real (oh, really?) do filho mais novo do rei da Inglaterra, e sua tentativa de superar a gagueira ao lado de seu fonoaudiólogo nada convencional. Exceto que o filme é bom. Muito bom mesmo, na verdade. E sabe pq o filme é bom? Pq o roteiro dele é excelente, pq os atores arrasam e pq fazia muitos anos desde a última vez que vi desenvolvimento de personagem feito de maneira tão... certa.
(Sim, tenho um fraco por desenvolvimento de personagem. O que posso dizer? É tão raro, que quando acontece, o filme tem o meu amor imediato. Viva personagens não bi-dimensionais!)
Meu único problema com as indicações desse filme (o resto me parece bem merecida) é a Helena Bohan Carter estar indicada para Melhor Atriz Coadjuvante. Não é q ela não está bem, mas... é bem normalzinho-nada-de-especial. Sem contar que ela nem aparece tanto assim no filme – deve ter conseguido o tempo mínimo pra indicação na risca.
Fora isso, esse filme pode ganhar sem que eu precise bater a minha cabeça na parede contra a estupidez da humanidade. Claro que ainda sou mais A Origem, mas nunca disse que era imparcial, disse?

Indicações: Melhor Filme,Melhor Diretor Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Edição/Montagem, Melhor Figurino.

Vai levar Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator. Deve levar Melhor Roteiro Original. Sei lá o resto.



Toy Story 3

(Toy Story 3. Lee Unkrich, 2010)

Olha aí, a Pixar humilhando todas os outros estúdios produtores de animação. De novo. Deve estar começando a ficar chato trabalhar pra, sei lá, Dreamworks.
Não preciso nem aponta que esse filme, por melhor que ele seja (e ele é mto bom), só está nessa lista por causa do aumento de vagar de 5 pra 10. Vai ganhar, é óbvio, o prêmio de Melhor Animação (nem precisava escrever isso, precisava?).
Esse filme entrou na minha lista de melhores do ano passado, e mesmo tendo visto mais filmes agora do que quando fiz a lista, ele ainda continuaria lá. Pq pegar um filme, tecnicamente infantil, com personagens que não só são digitais como representam brinquedos, e fazer com que faça sentido, seja bem feito, seja emocionante, coerente e que haja (me perdoem, sei que estou repetindo isso, mas...) desenvolvimento de personagem... é quase mágico. Dessa sequência da Pixar, nenhum ganha de Wall-e, mas que esse chega perto, chega.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Animação, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Canção Original, Melhor Edição de Som.

Vai levar, apostando a minha alma, Melhor Animação.




A Rede Social

(The Social Network. David Fincher, 2010)

E finalmente chegamos ao Jonas Brother dessa lista (no sentido da superestimação, tá, gente. Só isso). Gostei desse filme, como já disse mais pra trás nesse blog. Gosto do diretor, o ator principal está muito bem – o que lhe rendeu uma indicação que nunca vai ganhar, uma pena ter que competir com Colin Firth gaguejando –, e a edição está mesmo muito interessante. Mas, Deus, em que universo esse filme bate A Origem, Cisne Negro, e Discurso do Rei como melhor filme no Globo de Ouro?
Não no meu, isso está claro.
Antes do Globo de Ouro, esse filme era bom-normal na minha vida. Agora, esse filme é bom-superestimado-pra-caramba. Ninguém mais pode falar do Cisne Negro, não qdo Fincher ganha tudo contando a história do criador do Facebook.
Tenho esperança que o Oscar não seja tão injusto a ponto de dar prêmios pra ele – fora o de Melhor Edição e o de Melhor Roteiro Adaptado. Esse é um daqueles filmes que merece, sim, ser indicado, mas que nunca é bom o suficiente pra ganhar de todos os outros.
Ainda assim, é melhor do que 127 horas...

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Trilha Sonora, Melhor Mixagem de Som, Melhor Fotografia, Melhor Edição.

O que merecia levar: Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado.




Minhas mães e meu pai

(The Kids Are All Right. Lisa Cholodenko, 2010)


E eu achando que 127 horas fosse o pior que o Oscar desse ano fosse me oferecer.
(pausa enquanto respiro fundo e penso nas coisas que poderia ter feito com essas 1h40min da minha vida que nunca mais receberei de volta...)
A única coisa que me faz pensar em como esse filme recebeu essa indicação (fora, é claro, o aumento do número de vagas) é o fato de rodear em torno de um casal lésbico. Veja bem, gay já é carne de vaca. Lésbica é o que rola. Aguarde o ano que vem, quando um transexual e um pansexual formarão uma família da pesada, se envolvendo em altas aventuras em um clima de muita azaração.
Falando sério, agora. Esse filme foi doloroso. Não tem outra palavra pra descrevê-lo. Um amigo tinha visto antes que eu e me resumido o filme perfeitamente, em duas palavras: NADA ACONTECE. Um casal lésbico tem filhos que querem procurar o pai biológico. Eles vão atrás do cara... e nada acontece. Eles conhecem o cara... e nada acontece. O amigo idiota do filho tenta mijar num cachorro... e nada acontece. A filha fica bêbada... e nada acontece. As mães e o pai se conhecem... e nada acontece.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
O filme tem um mérito, que é tb sua maior falha: ele é parecido demais com a vida real. Os diálogos são reais a ponto de marcarem com precisão aqueles segundos de silêncio embaraçoso e aquelas risadinhas sem graça que as pessoas dão qdo não tem o que dizer. Mas o cinema não é a vida real, e nem deveria ser. Qdo chega muito perto, o q vc tem é um filme que te dá sono. Afinal, se quisesse ver pessoas sentadas em torno de uma mesa conversando sobre o vazio e inconfortáveis, é fácil: junta a família.
Mark Ruffalo e Annete Bening ganharam indicações por algum milagre meteriológico. Duvido que ganhem, mas quem se importa? Podem até ter atuado direito, vai saber. Estava ocupada demais tentando manter meus olhos abertos pra reparar.
Preciso de chocolate depois desse filme. Deus.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Original.

O que merecia levar: um tiro. O que vai levar: nada. Pelo menos isso.



O vencedor

(The fighter. David O. Russell, 2010)

Marky Marky, provando que tem uma dicção ainda pior do que o do Christian Bale, como o irmão de um ex-lutador-prodígio-viciado-em-craque e sem a menor personalidade (até agora não sei se o personagem não tem personalidade mesmo ou se o Mark Walbergh simplesmente é incapaz de atuar. Ou as duas coisas.) em sua busca pela vitória.
Considerando que esse é um daqueles filmes baseado em uma história inspirado real (quantos já deu esse ano? três?), ainda por cima sobre um esporte, acredito que é bem mais interessante pra quem é fã do esporte em questão – no caso, luta. Pessoalmente, filmes biográficos não são mto meu estilo, mas mesmo assim esse estava indo até que bem – basicamente por causa da atuação do Christian Bale (né? Estou tão chocada qto vc que estou realmente elogiando o Bale, mas td bem) e da mãe/agente dos dois (Melissa Leo – Oscar de Atriz Coadjuvante nela. Mto boa). Até... até que ficou ruim. Sessão-da-tarde-ruim. Karate-kid-ruim. É visível quando o filme cruza a linha do “okay, até que está bom” pra “meu Deus, sério mesmo?”
O roteirista simplesmente cansou de desenvolver o personagem e decidiu que uma pessoa vê o filho dela chorando na TV e imediatamente se livra de um vicio de décadas em craque. Sem contar o romance absurdo e imediato do Mark Walbergh e da Amy Adams. Sem contar a absoluta falta de QUALQUER SENTIMENTO/EXPRESSÃO na atuação do próprio Marky Mark. E vou parar por aqui.
Olha, em geral, o filme é assistível. E Melissa Leo realmente faz com que valha a pena (a penca de irmãs são ótimas também). Provavelmente leva os prêmios de Melhor Ator e Melhor Atriz coadjuvante. E já está bom, né?
[E qualé a da quantidade de camisas suadas nesse filme? Uma por cena, pelo menos.]

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coajuvante (Amy Adams e Melissa Leo), Melhor Roteiro Original, Melhor Edição/Montagem.

Deve levar: Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante (Melissa Leo).



Bravura Indômita

(True Grit. Joel e Ethan Coen, 2010)

E preenchendo o Lugar Reservado Para O Filme Dos Coen do ano (juro que não sei qual é esse amor absurdo que os americanos têm por esses irmãos)... A bem da verdade é que não tinha nem mesmo ouvido falar desse filme antes de sair a lista de indicados do Oscar. O que não quer dizer lá muita coisa, só que ele não passou pelo hype.
O estilo do filme é faroeste. Sério mesmo. Faroeste. Coisa que eu não via desde... desde que vi Nos tempos das diligências com o meu pai. Não tenho exatamente nada contra o gênero, embora não seja o meu favorito, então pensei que a coisa podia ser ao menos entretente. E, sabe, Matt Damon, menos de duas horas...
A história é basicamente um homem a procura de vingança pelo Velho Oeste. Só que ao invés de um homem, temos uma menina de 14 anos. O filme abre com uma narração que basicamente te conta o final do filme (SPOILER/), e como vc sabe que quem está narrando é a protagonista, isso acaba totalmente com a tensão que poderia ser provocada pela cena, perto do fim, qdo ela é picada por uma cobra. Tipo, ela está viva. Vc sabe que ela está viva pq ela esta contando a própria história. Logo, pra que se preocupar se ela pode morre ou não qdo vc SABE que ela está viva?
De qualquer forma, não vejo nada nesse filme que o elevaria pra essa indicação, exceto o nome dos diretores. Ele não é ruim. Mas também não é nada demais. É tipo aqueles filmes que vc assiste sabendo que vai esquecer da existência dele quatro segundos depois de sair da sala do cinema. Não tem um diálogo memorável, uma cena memorável, uma fala memorável, um qualquer coisa memorável. Ele é o sétimo eliminado da quinta edição do Big Brother Brasil da lista do Oscar desse ano.
Não foi uma total perda do meu tempo, mas ese é o filme com o segundo maior número de indicações, sabe. Era de se esperar que fosse BEM melhor do que é de verdade.

Indicações: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino.

Olha, devia levar nada não. Mas vai saber. Americanos morrem pelos Coen.




Inverno da Alma

(Winter’s bone. Debra Granik, 2010)

Último filme da minha lista, o último que assisti e o filme mais X dentre os dez. sim, pq não só não ouvi UM NADA sobre esse filme, como nem mesmo a diretora me era familiar ao primeiro olhar (e continuou assim depois de entrar no imdb. Não conheço mesmo). E tem uma boa razão pq ngm está falando desse filme…
Tá, tudo bem. Não é bem assim. A bem da verdade é que esse filme é bem melhor do que uma boa parte da lista desse ano (127 horas, Minhas mães e meu pai, Bravura Indômita, O Vencedor). Mas é mto, mas mto monótono de se assistir. Conta a história de uma adolescente qe precisa achar o pai foragido da justiça, caso contrário perderá a propriedade onde vive com os dois irmãos menores e a mãe doente.
Comovente, não? Até poderia ser, exceto que a mãe doente aparece em duas cenas, e as crianças menores atuam como bonecos de cera (e aparecem em quatro cenas), então vc não liga mto pra eles. Mesmo sem se importar com os personagens em si, a mera ideia abstrata de alguém ter que proteger a família deveria ser o suficiente pra te deixar envolvida na busca da garota, e algo me diz que se a atuação dela não fosse tão bege, ate que poderia ter funcionado. De qquer forma, o filme é interessante, mesmo que não tenha conseguido prender tanto a minha atenção assim. Assista em um dia em que a falta de trilha sonora não vá te incomodar particularmente (silêncio reina até alguém decidir tocar country. pois é).

Indicações: Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Ator Coajuvante, Melhor Roteiro Adaptado.

Deve ganhar: um abraço.